sexta-feira, 24 de novembro de 2017

3 Momentos que Mais Gostei em Batman: a Piada Mortal



A piada mortal é um clássico dos quadrinhos, escrito por Alan Moore e desenhado por Brian Bolland. A história tem como enredo principal uma teoria para o surgimento do Curinga. Além de uma trama psicológica, que é inserida na narrativa logo no início da história pelo Batman. E aqui vou falar sobre 3 momentos que mais gostei em Batman: A piada mortal. E espero que com essas citações da história, eu consiga motivá-lo a embarcar nessa jornada!

Pode haver spoilers!

1 – “Um dia Ruim”


Para muitos grandes nomes das HQs, esta é a história definitiva sobre o Curinga! Consegue imaginar o peso disso?

O Curinga é caracterizado como um personagem trágico, comparável com aqueles das grandes histórias da mitologia grega. E a história conta sobre o passado do nosso vilão, e nos deparamos com um comediante falido, que não consegue trabalho por não conseguir fazer as pessoas rirem de suas piadas. Além disso, Ele e sua Esposa esperam por um filho, que já não sabem como irão sustentá-lo. E este cenário social, o leva a procurar por trabalhos escusos. E durante a reunião com os bandidos, o Curinga até tem um insight que não deveria estar ali, porém algo inusitado acontece (se eu contar estraga a história), e ele acaba aceitando o trabalho de roubar uma indústria de produtos químicos, fingindo ser o Capuz Vermelho. Tudo isso acaba com ele caindo em um tanque com produtos químicos que fizeram sua pele ficar branca, seu cabelo verde, e sua boca vermelha.


A resposta encontrada pelo Vilão para justificar o motivo dele ter se tornado tão mal e sádico acaba sendo “quase inocente”: Tive um dia ruim! Porém aqui é interessante avaliar o status mental do personagem, que já se encontrava em uma psicose que a posteriori o levaria a se tornar um psicopata sádico, que age por motivos esdrúxulos.
Curinga após cair no tanque de produtos químicos


2 – Bárbara Gordon, o momento de ouro da história!



Bom, a história gira em torno de um plano do Curinga para aterrorizar a vida do Comissário Gordon e comprovar a sua teoria do “dia ruim”. No meio de todo esse planejamento entra Bárbara Gordon. Bibliotecária e Filha do Comissário Gordon (é conhecida como Batgirl, porém não a remetem a esse personagem, não tenho certeza em relação a isso. Se alguém souber se na história ela é realmente a Batgirl deixe nos comentários, gostaria de aprender mais também).

Bom, não vou contar o que acontece com a Bárbara. Mas após os planos do Curinga se efetivarem. Ela larga o manto de Batgirl, e se assume a alcunha de Oráculo. Utilizando sua inteligência somada a sua memória fotográfica, e ainda seus conhecimentos de bibliotecária e habilidades em computação que permite atuar como hacker, acaba então ajudando a combater o crime desta forma.

Comissário Gordon e Bárbara Gordon


3 – A “pira” do Batman e a Piada, momento que mais gostei!



No início da história, ainda nos quadros iniciais, Batman vai a procura do Curinga, que estaria preso no Asilo Arkham, para firmar uma proposta entre os dois. Segundo o Bat, ele estaria pensando bastante a respeitos dos dois, e se eles não parassem logo, um dos dois acabariam se matando, ou os dois.

Se pararmos aqui para analisar o que está acontecendo na cabeça do Batman. Iremos perceber que ele está querendo ajudar o Curinga. Ajudar a tirar ele do mundo do crime, dar uma nova oportunidade para ele. Dar um basta em toda essa briga dos dois.

E quando pulamos para as últimas páginas do gibi, vemos a conversa dos dois. E a piada que o Curinga conta ao Batman:

Tinha dois caras num hospício. Uma noite eles decidiram que não queriam mais viver lá, e resolveram fugir. Aí, foram até a cobertura do hospício e viram, ao lado, o telhado de um outro prédio apontando pra lua, apontando pra liberdade! Então um dos sujeitos saltou sem problemas pro outro telhado, mas seu amigo se acovardou, ele tinha medo de cair. Aí o primeiro cara teve uma grande ideia.Ele disse: ”Ei! Eu estou com minha lanterna aqui. Vou acendê-la sobre o vão dos prédios e você atravessa pelo facho de luz!”. Mas o outro sacudiu a cabeça e disse: “O que? Você acha que sou louco?! E se você apagar a luz quando eu estiver no meio do caminho?”

Então aqui vemos claramente a metáfora dos dois pacientes do hospício, os dois “malucos”, que queria sair dessa vida. Assim como o Batman queria propor ao Curinga. Porém um deles consegue sair fácil, e o outro tem medo. Como o Batzinho já tinha refletido sobre isso, percebemos que ele é quem consegue fugir da vida. E o Curinga quem precisa de ajuda, e que acaba decidindo ficar na vida de loucura, não dando atenção ao pedido do Herói.

A grande piada é que ele não quer ser ajudado!

Batman e Curinga rindo da Piada


Então era isso que eu queria passar para vocês, os 3 momentos que mais me chamaram a atenção, e que eu mais gostei na história. Que é rica em questões psicológicas, filosóficas, e sociais.

Indico essa leitura para todo mundo na verdade, independente se gosta ou não de super-heróis, ou de comics. A história por si só é fantástica.

Se ficou com vontade de ler a história, ou de comprar para ter em sua coleção. Aconselho você a ter em sua coleção pois é uma obra muito linda! Você pode aproveitar as ofertas da Amazon.

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Amais,
Eric.

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